A pergunta que mais interessa ao passageiro após o anúncio do acordo que pode levar à fusão entre Gol e Azul é uma questão difícil de ser respondidaRed Tiger Gaming Betano, segundo Manuel Irarrázaval, diretor-financeiro do Grupo Abra, holding que reúne Gol e Avianca.
Em entrevista à Folha, questionado se as viagens vão ficar mais caras ou mais baratas caso o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprove a união das duas empresas, Irarrázaval afirma que os preços das passagens dependem de outros fatores alheios ao negócio.
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A composição dos preços está sujeita a valor do combustível, impostos, câmbio, tarifas aeroportuárias e outras variáveis.
A resposta de Irarrázaval é cautelosa e está em linha com o comunicado divulgado pela Abra nesta quarta-feira (15), quando anunciou a assinatura do memorando de entendimento não vinculante com objetivo de juntar seus negócios no Brasil.
"As partes esperam que uma combinação de negócios resulte em eficiências e reduções de custos, beneficiando diretamente os consumidores", disse o comunicado sem aprofundar o tema dos preços.
No mercado de aviação, não é prudente fazer compromisso com passagens mais baratas –uma lição aprendida há alguns anos, quando o setor prometeu queda nos preços se a agência reguladora Anac liberasse a cobrança separada na política da franquia de bagagem no país. O setor ficou desacreditado quando o cenário econômico mudou e o câmbio se desvalorizou, levando embora a expectativa de voos mais acessíveis.
Mas no caso do acordo entre Azul e Gol, a preocupação é com o risco de aumento dos preços pelo impacto da fusão na concorrência do setor.
Nesta quinta (16), o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, disse a jornalistas que a transação não deve criar um monopólio na aviação brasileira nem levar a um aumento de tarifas aéreas. Segundo o ministro, há cerca de um ano e meio, a negociação vinha sendo acompanhada pelo governo Lula. Desde o início do mandato, a gestão petista vem tentando emplacar medidas de apelo popular, como o programa Voa Brasil, para baratear as viagens.
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Silvio Costa disse que o governo não vai aceitar aumentos abusivos, porém, ressalvou que não há meios de intervir no preço. Segundo o ministro, o caminho é procurar o diálogo e esperar "solidariedade das companhias em relação aos preços".
Na opinião de Irarrázaval, o ponto essencial no acordo entre Gol e Azul está mais ligado à conectividade da malha aérea brasileira. A ideia, segundo o executivo, é que as aéreas mantenham suas marcas, Gol e Azul, independentes, assim como as operações.
Se o acordo fora aprovado, o que vai acontecer com os preços? Subir ou cair? É difícil dizer algo assim. A base desta transação não é uma questão de preço. É oferecer aos clientes mais alternativas, melhor conectividade, unindo duas companhias que são muito complementares. Nós acreditamos que toda a filosofia pela qual nós gostaríamos de fazer isso se baseia em poder oferecer tais serviços.
O preço das passagens é afetado por muitos fatores. É difícil dizer se os preços para os consumidores vão subir ou cair. Envolve outros fatores, como o combustível, impostos, tarifas aeroportuárias. O preço cobrado é uma parte disso. Tem mais a ver com a situação macro de cada momento.
E os empregos? A empresa planeja contratar mais gente no Brasil? Acho que na medida em que a companhia cresce, sim. Mas eu acho que é importante entender a filosofia dessa transação e da Abra. Quando unimos Avianca e Gol na Abra, nossa tese era a de que a América Latina precisa de consolidação e há espaço para isso. Existem benefícios na consolidação. Mas ao mesmo tempo nós reconhecemos que essas companhias que estamos reunindo, cada uma delas, têm fortes culturas, presenças locais e marcas. Seria um erro ignorar isso. Cada uma destas empresas opera com muita eficiência e ao seu modo.
jogo do tigreGol e Azul são companhias muito eficientes, com diferentes estratégias. E as questões que tiveram no passado foram causadas porque tinham muita alavancagem. Nós queremos manter as operações e as marcas. Cada frota é desenhada para uma estratégia específica. A Gol tem uma frota de um tipo de avião, desenhada para voar entre cidades grandes e médias ou rotas maiores. A AzulRed Tiger Gaming Betano, por sua vez, atinge localidades mais remotas no Brasil. Por isso nós avaliamos que a complementaridade entre elas é tão grande. É uma oportunidade de criar uma companhia aérea muito forte, que pode oferecer aos clientes um produto muito melhor, com mais conectividade.