No início de abril, Avi Harush ouviu batidas à porta e viu militares israelenses do lado de fora. Entendeu imediatamente que seu filho Reef, soldado de 20 anos enviado para a Faixa de Gaza, havia morrido. Os oficiais deram a notícia e, em seguidaporcentagem pg games, fizeram uma pergunta inesperada: a família gostaria que os médicos extraíssem e congelassem o sêmen dele? Harush estava devastado pela dor, mas a ideia de preservar uma lembrança viva do filho o confortou. Aceitou prontamente. "Era algo a que podíamos nos apegar: saber que poderíamos ter o filho de Reef", diz o pai do soldado.
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Mas em Israel o governo e as forças armadas instituíram um novo protocolo desde o começo da guerra, oferecendo uma espécie de esperança às famílias de luto. Os militares israelenses, ao notificar a família sobre a morte de um soldado, agora oferecem imediatamente a opção de os médicos recuperarem e preservarem o esperma do falecido, tecnologia que não era usada com frequência antes do conflito.
Essa possibilidade é impensável para a população enlutada de Gaza, onde a campanha militar de Israel praticamente destruiu o sistema de saúde, deixando os hospitais "minimamente funcionais" e os médicos fazendo cirurgias sem anestesia.
Depósito Mínimo de R$5 | ZA9BET Bet - 100 Rodadas GrátisA possibilidade de descendentes de soldados mortos –uma nova geração concebida a partir da perda em tempos de guerra– gerou debates eticamente acalorados e juridicamente complexos.
bicho rio hoje width="100"> Avi Harush exibe uma foto sua com seu filho, Reef Harush, que morreu em Gaza na primavera passada, em Tel Aviv, Israel, em novembro de 2024 - Ofir Berman/NYTDesde o início da guerra entre Israel e o Hamas, mais de 200 extrações póstumas de esperma foram feitas em Israel, segundo dados coletados no começo de novembro para o Ministério da Saúde do país por Talia Eldar-Geva, médica e especialista em fertilidade. Como muitos soldados eram jovens e solteiros, a grande maioria das extrações –81%– foi feita a pedido dos pais.
A Ucrânia também adotou o uso da tecnologia de fertilidade. O soldado congela seu esperma antes da batalha, e o parlamento ucraniano aprovou este ano uma lei que permite que a parceira use o sêmen de maneira póstuma.
Mas alguns especialistas biomédicos israelenses argumentam que a recuperação póstuma do esperma viola a autonomia médica dos soldados, que, de modo geral, não deram permissão para que seu sêmen fosse preservado. Também alertam que isso criará uma geração de crianças que vão nascer sem nunca ter tido um pai vivo.
fortune tigerUm pesquisador de bioética escreveu que até mesmo a decisão de tentar ter um filho por intermédio da recuperação póstuma do esperma poderia "refletir a incapacidade de uma pessoa de aceitar a definitividade da morte". "Ser pai não é só transmitir o DNA à próxima geração. Muita gente diria: 'Se não estou aqui para criar a criançaporcentagem pg games, por que eu desejaria isso?'", diz Gil Siegal, diretor do Centro de Direito Médico e Bioética da Faculdade de Qiryat Ono, em Israel.